17 janeiro 2012

Veio uma cadela de fora, visitar a ilha. Coitada da cadela estava cheia de pulgas. Três pelo menos eram visíveis, em que uma delas saltou da cadela e veio cair em mim. E acreditem que eu afeiçoei me a ela...
Aprendi a conviver com a pulga de tal modo que quando saía, ela não me largava. Ia a casa dos meus amigos e ela ia sempre comigo, se ia às compras ela ia comigo, onde quer que eu ia ela estava lá, sempre comigo, chegamos a ser inseparáveis...
Passado algum tempo, principiei a perceber que a pulguinha nem sempre estava lá, ou seja fugia de mim. Tentando perceber a linguagem da pulguinha conversei com ela.
Ela inventava desculpas e contava me histórias inacreditáveis.
O que me era verdadeiramente fascinante, eram os conhecimentos da pulguinha, sabia de tudo, mas acreditem que era mesmo de tudo. Cheguei à conclusão que a pulga era sabedora, desde a cozinha às matemáticas, e eu claro, fazia um esforço para não me rir e também mostrar a minha parte culta. Por vezes ela envergonhou me com a sua sabedoria, uma vez num restaurante disse que me apeteciam orelhas de peixe fritas e a pulga, culta e sabedora, disse que também já tinha experimentado e eram boas, porque a velha cadela já tinha feito para ela. Perante tal rasgo anatómico, exaltei me e disse: "- Pulguinha estás t'a passar, não? Não reparou na minha ironia?"
Esta foi uma das tantas histórias que partilhamos.
Criamos uma amizade tão forte, que imaginem só a loucura que chegamos a fazer sexo... Acreditem meus amigos foi loucura total e querem saber a pior, a pulguinha fugiu novamente para a cadela, depois de me chupar o sangue todo.
Pensei.... pensei e a pulga tinha razão, o seu lugar era junto da cadela e das outras duas pulgas.
Segundo dizem as más línguas, a pulguinha lá dá o seu saltinho para chupar o sangue de outros, tendo sido vista em cima do corpinho de outros fulanos que andam por aí!
No entanto tenho que concordar, que é uma pulga culta até se interessa por Belas Artes. (Artes e manhas...)

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